Eu tenho a terrível mania de achar que os outros podem ler meus pensamentos. Os maiores malentendidos que já experienciei em minha vida terminaram na "célebre" constatação: 'Não foi bem isso que eu quis dizer'... E, na maioria dos casos, não era bem isso mesmo...
O grande problema é que nós não falamos exatamente, claramente o que pensamos... É como se acreditássemos que os outros são telepatas competentíssimos que percebem nossas ondas cerebrais sem maiores dificuldades... Daí, pessoas como eu (leia-se pessoas completamente sem noção) usam a palavra com um descompromisso tão grande que acabam se metendo em enrascadas por terem, simplesmente, dito. As palavras ditas claramente, com responsabilidade e fidelidade ao que se pensa provocam menos danos... Difícil é ter tal cuidado no calor do debate...
Eu tenho tentado, juro, nos útlimos tempos, ser mais fiel aos meus pensamentos na hora de falar... O problema é que eu penso muito... e muito rápido... A fala nem sempre acompanha essa velocidade... As idéias acabam saindo pela metade... e o outro (ou os outros) ficam sem entender muito bem - custava nada eles se esforçarem um pouco pra ler meus pensamentos? - e até se assustam com certas assertivas que escorregam por minha língua!!!
E pra complicar ainda mais minha situação eu sou imensuravelmente prolixa... Palavras existem para serem jogadas ao vento... E eu as lanço!!! Terrível é olhar-se no espelho e ter que admitir: menina você fala DEMAIS!!!
Um outro exercício que tenho praticado em minha vida: calar a boca... Ando, até mesmo, pedindo aos amigos: "se eu começar a atropelar, me manda fechar a matraca..." Alguns fazem isso na boa, viu? E com uma constância que me assusta...
Pior ainda, é ter que admitir que, muitas vezes, eu tenho mesmo é preguiça de elaborar o pensamento, daí largo a primeira besteira que se parecer com o que eu "queria dizer"...
Minha sorte são meus olhos cor mel... Não fosse por eles, creio que não me sobrariam amigos nessa vida!!!
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