Na verdade eu nem tô com fome... Mas é que já tem mais de ano que tô longe da terrinha... E hoje, conversando com a Fernanda, começamos a nos lembrar de algumas delícias que só tem no nosso Brasilzão... Algumas coisas você pode até encontrar fora dele, mas igual, nem com a porra!!!
Então, aí embaixo, segue a relação de algumas comidinhas e bebidinhas que eu pagaria em dolar pra saborear agora!!!
1- SUCO DE CAJÁ: Minha Nossa Senhora dos Desesperados!!! Tô sentido o cheiro...Hummm... Bem geladinho... Doce... Podia até ser feito com polpa congelada... não fazia mal... Tô com o gosto na minha boca!!! Aqui ninguém nem sabe o que é cajá!!!
2- PASTEL: Pô, sabe aquele pastelzão que você passa 2 horas procurando o recheio dentro e quanto encontra é um taquinho de queijo que só se vê com microscópio? Pois era um desse que eu queria... Lá em Olinda a gente chama Pastel de Vento... Ele só tem massa e pinga óleo... kkkkkkkkkkkkkkk... Eu queria!!!
3- TAPIOCA DE CHARQUE: Me mate!!! Porra... Todo domingo eu ia com minha amiga Jane comer tapioca de charque lá na barraca da Graça... Tapioca com cerveja!!! Pense numa combinação boa... E de quebra o bom papo de Duboc... Eita amiga, tô com saudade de comer tapioca contigo!!!
4- ACARAJÉ: Mas tem que ser lá no Alto da Sé... Nem me venham com acarajé baiano... Todo pernambucano que se preza sabe que acarajé bom de verdade é o que você come lá na Sé, sentado perto da amurada, olhando as luzes do Recife entre um gole e outro de uma skol bem gelada!!! Ê vidão!!!
5- CALDO DE CANA: Puta-que-o-pariu!!!! Caldo de cana é pra se arrombar!!! Seria capaz de tomar um copão imenso agora!!! Eita... tô babando...
6- AXÉ DE FALA: Essa só quem é pernambucano ou já fez farra por lá sabe o que é... Uma mistura muito doida de algumas ervas e cachaça... Ô pileque bom que resulta da ingestão excessiva dessa coisa!!! Não que eu já tenha ficado de pileque algum dia em minha vida... Sou uma moça de família, viu? Só sei que é bom porque um amigo me contou!!! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
7- SURURU: Edinha... Tu vai ter que fazer um panelão pra mim em dezembro, visse? Tem nem escapatória!!!
8- CARNE DE SOL: Putz... E se vier acompanhada de uma macaxeirazinha bem molinha... eu morro!!!
9- CARANGUEIJO: Aqui até tem, Crab... O bicho é do tamanho de uma galinha... Juro... É grandão e carnudo!!! Mas... falta o gostinho de mangue, como diria minha amiga Faby... aquela laminha dentro... Hummmm... Isso só o carangueijo brasileiro tem...
10- BANANA: Não, eu não enlouqueci... Eu sei que banana é fruta besta... que tem em todo lugar... mas... gente, a banana daqui é horrível... Eu nem sei de onde ela vem, mas sei que é ruim demais!!! E aqui não tem farinha láctea nem leite ninho pra jogar em cima da banana toda amassadinha...
EU QUERO... EU QUERO!!!!
Thursday, June 23, 2005
Sunday, June 19, 2005
Felicidade...
Muitos poetas já escreveram sobre ela!! Canções não faltam... Pessoas que se matam por não conseguir encontrá-la!!! E outras que repetem que ela está presente em momentos...
O fato é que ninguém explica direito o que é essa tal felicidade!!
Pois bem, o Philippe van der Bosch também não consegue explicar nada... Mas, em seu livro "A filosofia e a felicidade" ele nos mostra que a FELICIDADE é um conceito flutuante e que a busca humana por esse nirvana terreno é milenar...
Van den Bosch mergulha na filosofia, navegando por entre as épocas, abordando desde os pré-socráticos até os consumistas dias da pós-modernidade!!!! Nessa viagem, captura os significados de 'ser feliz' e suas variações ao longo do tempo...
Deixa claro, então, que, apesar das constantes mudanças no conceito, a busca perdura, igual, sempre... Já que a felicidade é o fim único da existência humana... Ela não é meio pra nada... É simplesmente o nosso desejo final... E nós nem sabemos direito o que é ser feliz!!!
Não, não comprei esse livro a semana passada... Nem o devorei em dois dias de tão bom que ele é... Na verdade, estou aqui falando dele porque vou tentar, mais uma vez, lê-lo.
Pois é, ganhei esse livro há 5 anos e nunca consegui terminá-lo... Sempre páro no mesmo ponto e não consigo mais seguir adiante...
Sabe o que é? É que vai dando uma angústia... Uma sensação de bem-aventurança inalcançável... Uma fragilidade!!
Começo a pensar a felicidade como o horizonte de nossas vidas... Dez passos em sua direção e ela fica dez passos mais distante... Ela serve só pra isso: nos manter caminhando, vivendo, desejando ser feliz... Contudo, jamais estará realmente conosco!!!!
"(...) há duas tragédias na existência: não conseguir satisfazer todos os desejos e conseguir satisfazer todos os desejos." (p. 25)
Não sou depressiva... Mas, por incrível que pareça, gosto de pensar de vez em quando!!! E quando cismo de encanar com uma coisa... o mundo acaba!!!
Por isso não consigo terminar esse livro. Começo a encanar com as coisas que o cara escreve... Como isso aí em cima.
É líquido e certo: não poder ter nada que se deseja gera uma frustração e infelicidade intragáveis... Não menos insuportável é, por outro lado, o vazio de poder ter tudo o que se deseja... Já pensou? Uma vida sem nada por alcançar... tudo ali, à mão!!! Nenhum motivo para impulsionar a caminhada!!!
E nessa nossa sociedade de consumo não é difícil se cair nessa armadilha... Ou mesmo de construir uma terceira tragédia: a da eterna insatisfação... Dessa forma, assim que realizo um desejo, um novo desejo se me apresenta... E ninguém nunca é feliz, pois a felicidade está no que não se tem ainda e não naquilo que se conquista!!!
Aí está meu desespero... E como não sou mulher de meio-termo, porque 44 é um número muito morno e eu vou sempre preferir os redondos 8 ou 80, entro em crise e não consigo terminar o livro!!!
O pior é que aqui nem tem bohêmia, nem os amigos cachaceiros pra gente beber essa minha paranóia numa mesa de bar!!!
O fato é que ninguém explica direito o que é essa tal felicidade!!
Pois bem, o Philippe van der Bosch também não consegue explicar nada... Mas, em seu livro "A filosofia e a felicidade" ele nos mostra que a FELICIDADE é um conceito flutuante e que a busca humana por esse nirvana terreno é milenar...
Van den Bosch mergulha na filosofia, navegando por entre as épocas, abordando desde os pré-socráticos até os consumistas dias da pós-modernidade!!!! Nessa viagem, captura os significados de 'ser feliz' e suas variações ao longo do tempo...
Deixa claro, então, que, apesar das constantes mudanças no conceito, a busca perdura, igual, sempre... Já que a felicidade é o fim único da existência humana... Ela não é meio pra nada... É simplesmente o nosso desejo final... E nós nem sabemos direito o que é ser feliz!!!
Não, não comprei esse livro a semana passada... Nem o devorei em dois dias de tão bom que ele é... Na verdade, estou aqui falando dele porque vou tentar, mais uma vez, lê-lo.
Pois é, ganhei esse livro há 5 anos e nunca consegui terminá-lo... Sempre páro no mesmo ponto e não consigo mais seguir adiante...
Sabe o que é? É que vai dando uma angústia... Uma sensação de bem-aventurança inalcançável... Uma fragilidade!!
Começo a pensar a felicidade como o horizonte de nossas vidas... Dez passos em sua direção e ela fica dez passos mais distante... Ela serve só pra isso: nos manter caminhando, vivendo, desejando ser feliz... Contudo, jamais estará realmente conosco!!!!
"(...) há duas tragédias na existência: não conseguir satisfazer todos os desejos e conseguir satisfazer todos os desejos." (p. 25)
Não sou depressiva... Mas, por incrível que pareça, gosto de pensar de vez em quando!!! E quando cismo de encanar com uma coisa... o mundo acaba!!!
Por isso não consigo terminar esse livro. Começo a encanar com as coisas que o cara escreve... Como isso aí em cima.
É líquido e certo: não poder ter nada que se deseja gera uma frustração e infelicidade intragáveis... Não menos insuportável é, por outro lado, o vazio de poder ter tudo o que se deseja... Já pensou? Uma vida sem nada por alcançar... tudo ali, à mão!!! Nenhum motivo para impulsionar a caminhada!!!
E nessa nossa sociedade de consumo não é difícil se cair nessa armadilha... Ou mesmo de construir uma terceira tragédia: a da eterna insatisfação... Dessa forma, assim que realizo um desejo, um novo desejo se me apresenta... E ninguém nunca é feliz, pois a felicidade está no que não se tem ainda e não naquilo que se conquista!!!
Aí está meu desespero... E como não sou mulher de meio-termo, porque 44 é um número muito morno e eu vou sempre preferir os redondos 8 ou 80, entro em crise e não consigo terminar o livro!!!
O pior é que aqui nem tem bohêmia, nem os amigos cachaceiros pra gente beber essa minha paranóia numa mesa de bar!!!
Tuesday, June 14, 2005
Life or something like it...
A vida em sete dias... Esse é o título em português.
Conta a história de uma jornalista fútil, arrogante e superficial que vai entrevistar um mendigo que se diz profeta e acaba ouvindo dele a pior das sentenças:
Você vai morrer em sete dias!!!
Clichês a parte, o filme me fez pensar... (Pois é companheiros, às vezes, eu PENSO!!!... ou penso que penso...)
Jolie e sua angústia devido à provável morte prematura, me fizeram ficar angustiada também... E eu me peguei pensando denovo no meu acidente...
O acidente foi feio, sabe? Eu estava em alta velocidade, sem capacete... Ao invés do braço eu poderia muito bem ter quebrado o pescoço... Ou batido com a cabeça... Eu poderia ter morrido naquele dia!!! E esse pensamento me fez lembrar que nós somos absolutamente morríveis!!!!
E, apesar disso, vivemos nossa vida como se tivéssemos assegurados longos anos à nossa frente...
SURPRISE!!!! Não... nós não sabemos quanto tempo temos... Não sabemos se estaremos vivos daqui há 10 anos... nem mesmo sabemos se estaremos vivos amanhã!!!
Mas sempre... sempre que nos deparamos com a morte percebemos que deixamos várias coisas por fazer ou por dizer...
Quantos de vocês não perderam um amigo ou parente e se viram diante de sua lembrança pensando: pô foi embora sem aquele abraço que eu deveria ter dado...
Não estou aqui fazendo elegia à ação inconsequente... Mas tem um monte de coisa que a gente precisa dizer e/ou fazer aqui e agora, mas vai adiando porque acredita que todo dia tem amanhã...
Eu por exemplo... Se tivesse morrido ali, na Cypress Street com a 3th Ave, teria passado o último ano de minha vida longe de meu filho!!! Sinceramente... me deu uma vontade de voltar pro Brasil!!!!
Conta a história de uma jornalista fútil, arrogante e superficial que vai entrevistar um mendigo que se diz profeta e acaba ouvindo dele a pior das sentenças:
Você vai morrer em sete dias!!!
Clichês a parte, o filme me fez pensar... (Pois é companheiros, às vezes, eu PENSO!!!... ou penso que penso...)
Jolie e sua angústia devido à provável morte prematura, me fizeram ficar angustiada também... E eu me peguei pensando denovo no meu acidente...
O acidente foi feio, sabe? Eu estava em alta velocidade, sem capacete... Ao invés do braço eu poderia muito bem ter quebrado o pescoço... Ou batido com a cabeça... Eu poderia ter morrido naquele dia!!! E esse pensamento me fez lembrar que nós somos absolutamente morríveis!!!!
E, apesar disso, vivemos nossa vida como se tivéssemos assegurados longos anos à nossa frente...
SURPRISE!!!! Não... nós não sabemos quanto tempo temos... Não sabemos se estaremos vivos daqui há 10 anos... nem mesmo sabemos se estaremos vivos amanhã!!!
Mas sempre... sempre que nos deparamos com a morte percebemos que deixamos várias coisas por fazer ou por dizer...
Quantos de vocês não perderam um amigo ou parente e se viram diante de sua lembrança pensando: pô foi embora sem aquele abraço que eu deveria ter dado...
Não estou aqui fazendo elegia à ação inconsequente... Mas tem um monte de coisa que a gente precisa dizer e/ou fazer aqui e agora, mas vai adiando porque acredita que todo dia tem amanhã...
Eu por exemplo... Se tivesse morrido ali, na Cypress Street com a 3th Ave, teria passado o último ano de minha vida longe de meu filho!!! Sinceramente... me deu uma vontade de voltar pro Brasil!!!!
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